Eliana Maria Sarreta Alves. O idoso na sala de aula: um novo ator. 2007

1v. 124f. Mestrado. UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA

Orientador(es): JACIRA DA SILAVA CÂMARA

Biblioteca Depositaria: BDTD/UCB

Palavras - chave:

Longevidade; Educação de Jovens e Adultos; Educação Continuada.

Área(s) do conhecimento: EDUCAÇÂO

Banca examinadora:

JACIRA DA SILAVA CÂMARA

CANDIDO ALABERTO DA COSTA GOMES

CÉLIO DE CUNHA

Linha(s) de pesquisa:

Não foi informado pela autora no trabalho

Dependência administrativa

Privada

Resumo tese/dissertação:

O aumento da população idosa no Brasil e no mundo é uma realidade incontestável fruto de significativas quedas da mortalidade e dos níveis de fecundidade, provocando oscilação populacional de grandes proporções e de relevantes conseqüências que se transformam em desafios para a sociedade. Conforme dados obtidos nesta pesquisa, no Distrito Federal, entre 1995 e 2000, a população de longevos aumentou 215%. Com base nestas constatações, esta pesquisa objetiva investigar, na concepção do longevo, o significado da aprendizagem e sua contribuição para a construção de um novo projeto de vida. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho exploratório interpretativo, realizada em uma escola pública do Distrito Federal que atende a alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Para a coleta de dados foi utilizada a entrevista semi-estruturada com quatorze longevos com mais de 60 anos, surpreendentemente, todos do sexo feminino. As respostas obtidas foram categorizadas utilizando-se a análise de conteúdo. Os resultados demonstram que os longevos apresentam uma trajetória de vida muito específica, vivenciando situações de exclusão, opressão e marginalização enquanto buscavam, na educação, possibilidades para sua emancipação e liberdade. As entrevistas revelam histórias de desvantagens acumuladas ao longo de uma vida de discriminação e desigualdades estruturais. O retorno à escola, atrelado à demanda permanente da educação ao longo da vida, aponta para uma velhice ativa demonstrando as intrínsecas relações entre o processo de envelhecimento e a educação como oportunidade para a retomada de planos de vida interrompidos por acontecimentos involuntários, resgatando os desejos pessoais e a reinserção na sociedade.