ELISABETH ALBERT. Parceria é o caminho? Alguns sentidos da alfabetização de jovens e adultos nos programas brasileiros. 01/09/2004. 1v. 124p. Mestrado. UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL - EDUCAÇÃO

 

 Orientador(es): MARIA ISABEL EDELWEISS BUJES

 

Biblioteca Depositaria: Martinho Lutero

 

 

Palavras - chave:

 Caminho, alfabetização, jovens, adultos

 

 

Área(s) do conhecimento: EDUCAÇÃO

 

 

Banca examinadora:

 

 Maria Luísa Merino Xavier

 

Dependência administrativa

  Particular

 

Resumo tese/dissertação:

 

Esta dissertação teve como propósito central realizar uma análise de diversos programas de alfabetização de adultos desenvolvidos no Brasil na década de 1990 ? detendo-se especialmente nas iniciativas levadas a efeito pelo Banco do Brasil, através do programa BBEducar, pelo GEEMPA, na alfabetização de grupos de mulheres, no ano de 1998 em Porto Alegre, e pelo MOVA estadual, presentemente em curso, juntamente com o programa proposto pelo atual governo federal (2003), denominado Brasil Alfabetizado. Preliminarmente, na pesquisa que dá origem a este texto, examinam-se as diversas iniciativas que estiveram em curso no país, ao longo de sua história, no sentido de superar os altos índices de analfabetismo presentes na parcela da população maior de 15 anos. Após situar-se esta problemática mais ampla do analfabetismo adulto, identificam-se suas principais características, no contexto da sociedade brasileira em diferentes momentos, dando-se ênfase especialmente às grandes bandeiras presentes no discurso da cidadania e da participação, no plano individual, e do desenvolvimento econômico, político e social, no plano nacional. Discutem-se, a seguir, as concepções hoje dominantes a respeito dos significados de alfabetização e letramento e das relações entre eles, identificando-se os limites do primeiro processo, do ponto de vista de um domínio mais pleno dos processos de leitura e de escrita. Partindo-se de uma retomada dos sentidos que a alfabetização ganha na Modernidade, realiza-se uma discussão sobre concepções presentes nos programas examinados envolvendo: os sujeitos desse processo, tanto os alfabetizadores quanto os alfabetizados, as metodologias propostas nos diferentes programas, com seus modos de conceber tanto a alfabetização como os instrumentos para o seu domínio, e os ?acenos? que em tais programas são feitos bem como as implicações para o futuro dos sujeitos, neles subjacentes. Utilizando-se um referencial em que despontam Jenny Cook-Gumperz, Magda Soares, Antonio Viñao?Frago, Maria do Rosário Mortatti, Peter Darnton, Norma Marzola, Vanilda Paiva, Sérgio Haddad e outros, faz-se uma análise dos principais enunciados presentes no material que descreve os programas, examinando-se suas regularidades discursivas, suas rupturas, buscando-se identificar os sentidos que tais programas dão aos elementos em exame. Destaca-se, de modo especial, uma grande identidade entre as proposições presentes nos diferentes programas, e poucos aspectos distintivos que se concentram no modo de pensar o tempo, de conceber o que seja o aluno alfabetizado e no caráter de profissionalização dos docentes.