Adolescentes
e governo definem juntos rumos do Projovem
As
principais reivindicações dos integrantes do programa foram apresentadas hoje
durante seminário em Brasília
14/12/2010
Brasília,
14 - O conceito de cidadania foi a principal mensagem
que um grupo de rapazes e moças representando 473.342 integrantes do Projovem Adolescente deixou registrado em um encontro
promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), em
Brasília.
O
Seminário Projovem Adolescente – Avanços
e Desafios reuniu representantes das três esferas de governo, além de
gestores sociais, técnicos, sociedade civil e jovens do programa para dois dias
de reflexão, discussão e troca de experiências.
“Se
é essa juventude que vai assumir os nossos lugares, vou para casa tranqüila”,
disse a secretária nacional de Assistência Social do MDS, Maria Luiza Rizzotti, após a fala dos jovens, nesta terça-feira
(14/12), no encerramento do seminário. Para a secretária, eles demonstraram
consciência de compartilhamento,de fraternidade, de
cidadania e pediram uma coisa bem simples: serem ouvidos sobre o futuro deles.
“Vamos acolher as sugestões trazidas. Não se pode pensar em crescimento do País
sem fazer uma importante proposta de desenvolvimento para a juventude”,
acrescentou a secretária.
Nas
resoluções finais do seminário, os jovens pediram a palavra e apresentaram suas
principais reivindicações: atividades criativas, linguagem dos orientadores
adequada à faixa etária, menos teoria e mais prática, fim da burocracia por
parte do governo, além de uma bolsa mensal.
“O
adolescente é imediatista e o governo é, muitas vezes, lento”, criticou Etiene Felisberta Silva, 17 anos,
integrante do Projovem de Jaboatão dos Guararapes
(PE), mesmo reconhecendo os trâmites normais do processo. Etiene
destacou a família como principal base do jovem e a necessidade da juventude em
mostrar as coisas positivas que fazem.“Nossa imagem na
mídia é ligada sempre a gravidez precoce e outras coisas negativas”, enfatizou
ela, que foi várias vezes aplaudida pela plateia.
Carlos
“Abelhão”, ex-Agente Jovem e atual articulador cultural do Projovem
de Vitória (ES), já esteve dos dois lados e reconhece,
também, o esforço e as dificuldades dos governos na implantação do programa.
“Antes não entendia como funcionava direito a coisa e achava que era descaso do
governo. Hoje sei que existem etapas que precisam ser cumpridas”, afirmou.
Para
a assessora especial do MDS, Luciana Jacoub, o
seminário do Projovem Adolescente foi um dos mais
instigantes eventos dos quais participou. Enfatizou a falta de perspectivas na
fase da adolescência o que, neste caso, o programa tem um papel fundamental,
segundo ela. Mas destacou a importância da qualificaçãodos
profissionais que atuam na ponta, assim como, a necessidade de maior ênfase na
questão do mundo do trabalho. “Este é um programa difícil por falar com um
público difícil no meio de uma sociedade difícil”, resumiu .
Para
Aidê Almeida, diretora da Proteção Social Básica do
Ministério, os dois dias do evento comprovaram que não há mais volta para o
serviço. “Foram momentos emocionantes pela fala dos jovens e também por
encontrarmos pessoas que nos ajudaram a construir esse processo e que estão
fazendo o Projovem no Brasil”, disse ela.
Júnia
Quiroga, diretora da Secretaria de Avaliação e Gestão
da Informação do MDS, registrou a evolução que observou no programa através das
pesquisas realizadas. “Os avanços são de tal abrangência que já se pode pensar
em enfrentar os desafios”, concluiu.
Participaram,
ainda, do encerramento do seminário, as representantes do Colegiado Nacional de
Gestores Municipais da Assistência Social (Congemas),
Maria do Rosário Leal, do Fórum Nacional de Secretários de Estado da
Assistência Social (Fonseas), Nádia Campos e da
Secretaria Nacional de Juventude, Juana Andrade de Lucini.
Ana Soares
(61) 3433-1065
Ascom/MDS
Aline Menezes/MDS
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Fonte: