ABC
pode ganhar projeto regional
31 de outubro de 2011
O
Plano Nacional de Educação pode ganhar versão adaptada para as realidades do
ABC. Educadores defendem que as metas e objetivos traçados no PNE precisam
passar por adequação, já que a Educação nas sete cidades exige desafios
diferentes e mais ousados em comparação com o restante do País.
“O
Plano Regional é uma boa saída para nossos problemas”, acredita Lucia Helena
Couto, secretária de Educação de Diadema e coordenadora do Grupo de Trabalho
Educação no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. Mas Cleide Bauab Eid Bochixio,
secretária de Educação de Santo André, faz ressalva. “Assim como o Plano
Nacional, o regional só dará certo se não for burocrático”, diz.
O
sociólogo Cesar Callegari é um dos entusiastas da ideia. “O grande desafio é fazer um trabalho articulado
pensando o ABC de forma diferente. Por meio do Consórcio Intermunicipal, que já
tem experiência em debates com as sete cidades, é possível desenvolver texto
regional com metas e desafios, que vão além do que diz o PNE. Isso é
importante, porque a região já atingiu muitas das
metas propostas pelo Plano, então seria necessário adequar estes pontos e até
mesmo ampliar algumas metas”, acredita.
Entre
as ideias de Callegari
também está o aumento do percentual mínimo de investimento dos orçamentos
municipais destinados para a Educação. “Se hoje e lei obriga que o mínimo seja
25%, por que não ampliar isso para 26% ou até mesmo 27%?
Com certeza a região se destacaria muito no cenário nacional com este tipo de
mudança”, completa o sociólogo, também diretor do SESI e membro do Conselho
Nacional de Educação.
Algumas metas do Plano
Nacional de Educação
Universalizar,
até 2016, o atendimento escolar da população de 4 e 5
anos, e ampliar, até 2020, a oferta de educação infantil de forma a atender 50%
da população de até 3 anos.
Oferecer
educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de educação básica.
Universalizar
o ensino fundamental de nove anos para toda população de 6 a 14 anos.
Oferecer,
no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos na forma
integrada à educação profissional nos anos finais do ensino fundamental e no
ensino médio.
Duplicar
as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a
qualidade da oferta.
Formar
50% dos professores da educação básica em pós-graduação lato e stricto sensu e garantir a todos formação continuada em sua área de atuação.
Fonte:
http://www.reporterdiario.com.br/Noticia/316788/abc-pode-ganhar-projeto-regional/